sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sobre o meu time de futebol



Meu pai foi árbitro de futebol.

Segundo ele, começou a carreira com o Godói. Era pra minha vó ter sido muito xingada nesses últimos anos. Mas não foi assim. Ele teve um problema no joelho, e passou a apitar apenas por prazer. Gosta tanto de futebol que queria ser o único a assistir de dentro do campo.

O sonho dele era ter um filho jogador, mas seu primogênito optou pelo segundo esporte mais popular do país. Virou skatista.

Aí sobrou pra mim.
Ele queria, inclusive, que eu fizesse curso de árbitro e fosse bandeirinha!!!

Eu sabia de cor a escalação do palmeiras na época do Oséas quando nem a tabuada havia decorado.

Sempre acompanhava meu velho aos estádios.

Arrumar vaga com os flanelinhas, calabresa com vinagrete, amendoim, guaraná antártica, e principalmente, o lendário Chicabon! Eu não entendia o porquê, mas em todos os jogos, sem exceção, meu pai praticamente me obrigava a comer um Chicabon.

Mas agora eu sei. Ele me contou, com os olhos lacrimejando há alguns meses, que quando era muleque, sem grana pra nada, juntava seus trocados pra poder assistir o palmeiras jogar no Palestra Itália. Mas não sobrava grana nem pra condução de Osasco, muito menos pra um Chicabon. Ele ia andando, pegava rabeira, carona, praticamente uma odisséia, e morria de vontade de chupar um picolé.

Meus pais se separaram há uns 12 anos, minha frequência a estádios diminuiu drasticamente com isso. Mas ano passado tudo mudou.

Dia 29/10 eu fui ao Palestra Itália. O Palmeiras precisava vencer o Goiás para voltar ao topo da tabela do Brasileirão. No intervalo de jogo, depois de um primeiro tempo de muita pressão, mas com um mísero 0x0 como resultado, mesmo estando brigada com o meu pai, mas incentivada pelos amigos, chupei um chicabon.

Daí foi ver o palmeiras calar a boca de muita gente ao enfiar um chocolate de 4x0 LINDO no Goiás. O campeonato não teve um final feliz, mas isso é outra história.

Superstições à parte, tradições devem ser mantidas.

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Ouvindo: Tihuana - Hino do Palmeiras

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sobre retratar



Sobre retratarQueria uma foto que demonstrasse meu estado de espírito. Mas não sei que formas, cores ou dimensões esse turbilhão aqui dentro poderia tomar.

Pri Garcia
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Ouvindo: Donavon Frankenreiter - On My Mind

Sobre ficar pra titia



Sobre ficar pra titiaÀs vezes tenho a impressão de ter nascido pra vivenciar os romances e os dramas da vida alheia só de plateia.
Praquelas lágrimas de expectador, que escorrem por alguns minutos sem deixar sequelas.

Pri Garcia
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Ouvindo: Nneka - Mind Vs Heart

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sobre perder o ritmo



Sobre perder o ritmo(22:47:12)
alias, pelo seu twitter, vc parece estar apaixonada
e não sabe se o cara está afim.
eu fiquei pensando sobre o que escreveu
e discordo.
é a melhor parte o "não saber".
é onde nasceram minhas histórias mais legais.

(22:48:26)
eu ODEIO essa sensação.
não consigo me concentrar nas coisas...
pra mim, o "amor" só atrapalha.
é uma delícia...
mas atrapalha o foco...

(22:49:04)
não...são as obrigações que atrapalham o amor.
ele é o foco.

(22:49:53)
ahh... eu não nasci pra isso... te disse..
num sei viver com isso...
acho que foi um dos motivos que não me deixaram dormir essa noite.

(22:50:15)
vc nasceu para cantar?

(22:50:23)
não.

(22:50:25)
pq quinta passada eu ouvi vc cantando.

(22:50:36)
ouviu?

(22:50:43)
sim.

(22:50:48)
só se foi algum gatenho.
haouhaouhua

ahhh...cantarolando
lembrei..haouhaoha
hardcore!
num é cantar.
tava empolgada...

(22:51:27)
pra quem tava de fora, vc tava cantando.

(22:51:42)
é a mesma coisa com a paixão.. só me atrevo quando tô empolgada
aí perco o ritmo (:


(diálogo com uma das pessoas mais incríveis que eu já tive o prazer de conhecer.)

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som: The Bird And The Bee - I'm A Broken Heart
 
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