sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sobre sebos


A minha vontade de escrever se foi com a minha vontade de ler. A ânsia que eu nutria por empilhar livros novos e usados na fila da leitura se perdeu em alguma curva da minha vida


Sobre vazio, parte 3 capítulo 35


Há algo de diferente em mim. Eu sinto como se tivesse perdidos meus objetivos. Me tornei insegura e confusa. Não entendo mais meus sentimentos, e nem sei se quero entender.

Sobre confiança


Super cola só funciona se a superficie estiver limpa.

Sobre o ódio



Eu sempre achei que era errado odiar uma pessoa.
Que, se eu odeio alguém, é porque o ódio está na minha mente. Provavelmente eu projetei algo na pessoa e não a conheço direito.

Na verdade, eu nunca tinha odiado alguém. E isso é uma coisa que só com o tempo percebemos. Eu imaginava que para odiar alguém eu precisava ter muita mágoa e inveja acumulada no meu coração.

Mas não...

No meu caso, o ódio era apenas uma maneira do meu instinto se manifestar e dizer: cuidado com essa pessoa, porque ela vai te foder.

Só quando ela me fodeo de fato eu pude perceber o que meu 6 sentido dizia há muito tempo. Pude parar de me martirizar.

Sempre acreditei que ninguém fosse 100% bom ou ruim. Mas eu não tenho tempo nem disposição suficientes pra conhecer o lado bom de quem se mostra ruim primeiro. Prefiro me dedicar a pessoas que realmente importam. Então passei a não me sentir mal em, com toda sinceridade do mundo, não suportar uma pessoa.

O ódio é humano também.
Me sinto mais livre agora.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sobre o silencio




Grande parte da minha educação foi baseada no silêncio.

Sempre odiei a mania da minha mãe de fingir que não estava escutando quando alguém(no caso, eu) fazia uma pergunta idiota. Ela simplesmente ficava quieta e continuava o que estava fazendo. Eu tinha um ódio profundo disso. Aquele silêncio constrangedor de ser ignorado, inevitavelmente agravado quando acontecia de alguém estar por perto presenciando a minha humilhação. Eu interpreto isso como uma chance que ela dava pra eu aprender a pensar duas vezes antes de perguntar. Ocasionalmente, eu chegava a uma resposta por conta própria. Hoje, eu me pego fazendo a mesma coisa com os outros muito mais vezes do que eu gostaria. 

O meu pai também tinha um silêncio. Quando ficava bravo com alguma coisa, ele não dava bronca, não batia, não esquentava, apenas me fitava com aquele olhar. Silêncio. De novo, eu tinha que pensar duas vezes solucionar o que estava acontecendo.

Talvez por isso eu tenha tanta facilidade em entender as pessoas.

terça-feira, 22 de maio de 2012


um ano longe de casa. eu acordei hoje, lembrei que minha privada tá completamente entupida e que tem umas lâmpadas queimadas que eu tô meio sem grana pra substituir no momento. assisti uns tutoriais de desentupimento de privada e pensei no que faria pro almoço. talvez isso seja ser adulto. pelo menos ainda não são fraldas e mamadeiras. aí pensei que tenho um monte de trabalho pra fazer, coisas que nunca fiz antes e que morro de medo de não conseguir fazer. medo. medo é igual ao nojo de desentupir a privada. a gente tem que botar umas luvas, escolher a técnica adequada de enfrentar o bicho e partir pra cima. tentei coca-cola e água quente, no nojo, não no medo. resolvi mudar a abordagem e fui comprar um desentupidor. no mercado, mudei de opinião. balde, soda cáustica, luvas e lâmpadas em mãos, pensei que tudo poderia ser mais fácil, mais barato, mais divertido. lembrei que fazia um ano que não abraçava praticamente todas as pessoas que eu amo no mundo. entre elas, uma que nunca mais abraçarei. fiquei emocionada, mas tava calor. eu odeio chorar no sol. cheguei em casa e tentei resolver o problema. mas não deu certo. não quero gastar grana com encanador, talvez compre um desentupidor. seilá...mudar de tática. tanta coisa mudou nesse um ano. as coisas tão acontecendo... bem mais devagar do que eu imaginava que aconteceriam, mas é o tal do tempo ao tempo. não dá pra forçar nada, quer dizer, talvez o entupimento dê.


segunda-feira, 30 de abril de 2012



Evitemos o sofrimento desnecessário.
Empatia vem do amor e não da dó.

Pri Garcia

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


tomando conta da panela,
lendo uma crônica de uma escritora conhecida,
ouvindo Dylan,
cabelos secando.

roupa lavada, estendida no varal
coração batendo, olhos lacrimejando.

preciso voltar a escrever

Pri Garcia
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Ouvindo: Bob Dylan - Like a rolling stone
 
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